quinta-feira, 15 de novembro de 2012

DESCONSTRUINDO A NEGAÇÃO DO APARTHEID

Tarso Genro apoia evento em Porto Alegre abertamente hostil a Israel e viola 9 dos 10 incisos do Artigo 4º da Constituição! Que os civilizados apelem ao Supremo Tribunal Federal!


O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) — o homem que abrigou o terrorista Cesare Battisti e o transformou num herói da resistência à “ditadura italiana” (???) —, decidiu dar mais uma grande contribuição ao bem, ao belo e ao justo e resolveu emprestar apoio oficial ao “Fórum Social Mundial Palestina Livre”, que acontece em Porto Alegre entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro. Mais do que isso, como vocês verão. Segundo o site do evento, delegações de 36 países já se inscreveram. O endereço para a inscrição fala por si mesmo: http://www.inscricoesfsmpl.rs.gov.br/pt Você leu direito, leitor amigo: ali está “rs.gov.br”. Sim, Tarso não apenas dá apoio ao fórum como transformou o ato num evento oficial. Seus aliados tentaram envolver na história a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e a Prefeitura de Porto Alegre. A tempo, os respectivos dirigentes de ambas perceberam que estavam sendo arrastados para um encontro que, na prática, defende atos terroristas de grupos palestinos e prega o fim do Israel.
É inacreditável que o Estado brasileiro permita — e me refiro, sim, aos Três Poderes da República — a realização, em território nacional, de um ato claramente hostil a um país com o qual mantém relações diplomáticas. Como ficará absolutamente claro, o Fórum viola de maneira frontal nove dos dez incisos do Artigo 4º da Constituição Federal, a saber:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não-intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
Por quê?
Será que o Brasil não pode sediar um evento em defesa da criação de um Estado palestino? Claro que sim! Mas em que termos se vai realizar o de Porto Alegre, com o apoio de Tarso Genro?
O tal fórum tem um espantoso documento de referência, eivado de mentiras. Ele contém tudo o que a gente precisa saber para ter noção clara da natureza do acontecimento que está sendo financiado por Tarso Genro, com o dinheiro dos gaúchos. Destaco alguns itens (conforme o original) em vermelho e traduzo em azul,..., meu comentário em verde:
1 – defesa do direito do povo palestino a resistir à ocupação e ao apartheid, dirigindo-se à obtenção do direito de retorno e do exercício de autodeterminação, inclusive o estabelecimento de um Estado nacional independente e soberano, em conformidade com as resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU);
Defesa do direito do povo palestino a resistir” significa também, mesmo que estivesse escrito em língua portuguesa aceitável, a defesa das práticas terroristas do Hamas e de outros grupos que lutam contra Israel. O que se faz aí, de modo não explícito, é chamar ações terroristas de “resistência”.De resto, quando se chama de “apartheid” a situação israelo-palestina, já não se quer debater mais nada.
Será verdade que a única resistência existente é o terrorismo? Ou será que o que o blogueiro quer é vincular palestinos aos terrorismo como fazia o governo sul-africano durante o seu regime de apartheid? Em 1961, na Africa do Sul, foi criado o CNA (Congresso Nacional Africano), partido que representava a maioria negra. Para os afrikaners do Partido Nacional os membros do CNA eram terroristas e como os negros se pudessem, digo novamente, se pudessem, durante o sistemo de apartheid, votariam no CNA por-conseguinte seriam a favor do terrorismo. Será isto a verdade? Ou é assim que os racista e a NASPERS querem ver?
2 – fortalecimento e expansão da participação na campanha global, liderada pelos palestinos, de boicote, desinvestimento e sanções (BDS) contra Israel, uma das mais importantes formas de solidariedades com nosso povo e seus direitos. As campanhas BDS englobam boicotes a Israel e empresas internacionais cúmplices das violações israelenses das leis internacionais, e boicotes acadêmicos e culturais de instituições israelenses, parceiras coniventes na ocupação e no apartheid;
Tarso Genro está metendo dinheiro público num evento que prega o isolamento de um país ao arrepio de quaisquer leis internacionais e das próprias normas e compromissos que regem as relações do Brasil com o Israel.
Como assim não há lei internacional contra crimes de apartheid? Em 1973 a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou o texto da Convenção Internacional da Punição e Supressão ao crime do Apartheid. Pelo propósito da presente convenção, o termo "crime de apartheid", que deve incluir práticas de segregação e discriminação racial e políticas similares, como as praticadas no sul da África, atos desumanos cometidos com o propósito de estabelecer e manter a dominação de um grupo racial de pessoas sobre qualquer outro grupo racial de pessoas e a opressão sistemática destas. Talvez o que você queira dizer é que a NASPERS não reconheça este lei como válida e como são eles que lhe pagam você resolveu desconsiderar.
7 – apoio e fortalecimento da luta pela libertação dos prisioneiros palestinos, vivendo em condições desumanas, em prisões israelenses, por seu envolvimento na luta pela libertação nacional da Palestina. Nesse contexto, enfatiza-se a necessidade de garantir a libertação imediata e incondicional, como questão de prioridade, de doentes, crianças, idosos e mulheres, assim como os presos sob regime de detenção administrativa, e a libertação dos 27 parlamentares sequestrados pelas autoridades da ocupação, em clara violação das leis internacionais;
Existem, isto sim, prisioneiros do Fatah vivendo em condições desumanas nos presídios do Hamas e prisioneiros do Hamas vivendo em condições desumanas nos presídios do Fatah. Nas cadeias israelenses, não! Também é mentira que existam crianças presas. Já tratei aqui desse assunto.
A ONU não concorda. No site da Organização Nações Unidas lê-sê claramente que: “O uso por Israel de confinamento solitário contra crianças viola flagrantemente os padrões internacionais de direitos humanos.” “Este padrão de abuso de Israel é grave”, …, “desumano, cruel, degradante e ilegal, e o mais preocupante, é provável que afete a saúde física e mental de detidos menores de idade”. “As condições carcerárias são geralmente deploráveis, obrigando as crianças a dormirem no chão ou em camas de concreto em celas sem janelas”, afirma Falk. “Às crianças palestinas, especialmente de Gaza, também são negadas visitas de parentes e acesso a advogados. Isto isola e intimida as crianças e as expõem a maus-tratos durante interrogatórios”. http://www.onu.org.br/onu-classifica-como-desumano-e-cruel-confinamento-solitario-de-criancas-palestinas-por-israel/
14 – apoio à resistência popular palestina contra a ocupação israelense, legitimando-a como forma primordial de luta em benefício do povo palestino;
De novo, a referência velada às ações terroristas, chamadas de “resistência popular”. Isso inclui, por exemplo, os foguetes que o Hamas vive disparando no Sul de Israel…
E o preconceito ressuscita outra vez. Se Mahatma Gandhi fosse palestino e pregasse a não violência como resistência às praticas nocivas de Israel contra o povo palestino seria tratado por esse funcionário, que trabalha e recebe dinheiro da NASPERS, de terrorista.
15 – incitamento aos meios de comunicação a ter papel ativo na exposição das políticas colonialistas e racistas do Estado de Israel, lançando campanhas de informação pública.
No Brasil, isso nem precisa de conclamação. O noticiário já é majoritariamente anti-israelense.
A maioria talvez mas com certeza a NASPERS não concorda com esta ideia. A NASPERS, aliás, foi formalmente acusada pela Comissão de Verdade e Reconciliação (CVR) por seu apoio e envolvimento direto com o regime do apartheid, do qual não foi mais do que uma "extensão e órgão obsequioso de propaganda".Além disto em 2007, a divisão Educor ( cujo dono é a NASPERS) foi publicamente acusada de promover cursos de jornalismo que nada mais seriam que "lavagem cerebral", emitindo diplomas sem nenhum valor respaldados através de sua vasta influência política. No mesmo ano, a MPASA (Magazine Publishers Association of South Africa) denunciou a Media24 (NASPERS) por fraudar os números de circulação de dois de seus títulos. Empregados da divisão foram processados e anunciantes entraram com pedidos de devolução de valores pagos por publicidade.
(…)
Por Reinaldo Azevedo

Acredito que este tipo de texto fará aumentar o salário do blogueiro. A NASPERS cuida dos seus.

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